Trata-se de um fármaco inovador de Imuno-Oncologia, cuja aprovação foi baseada no estudo KEYNOTE-024, um estudo de fase 3 aleatorizado e aberto, que avalia pembrolizumab em monoterapia em comparação com quimioterapia contendo platina para o tratamento de doentes com CPCNP metastático escamoso (18%) e não-escamoso (82%). O Infarmed aprovou a comparticipação da nova terapêutica, na dose de 200 mg a cada 3 semanas.
Os resultados de KEYNOTE-024 demonstraram redução do risco de progressão ou morte em 50% com pembrolizumab quando comparado com quimioterapia (HR 0,50 [IC de 95%, 0,37; 0,68]; p<0,001). O novo fármaco da MSD resultou ainda na redução de 40% do risco de morte em comparação com a quimioterapia (HR 0,60 [IC de 95%, 0,41; 0,89]; p=0,005).
Pembrolizumab é um anticorpo monoclonal humanizado que atua através do aumento da capacidade de resposta imunitária do próprio organismo contra células tumorais. A terapêutica em monoterapia está indicada para o tratamento do melanoma avançado, para o linfoma de Hodgkin clássico refratário ou recidivado e para o tratamento do carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático. De acordo com o comunicado de imprensa, pembrolizumab está também indicado para o tratamento do carcinoma do pulmão de células não-pequenas localmente avançado ou metastático em adultos cujos tumores expressam PD-L1 e que receberam pelo menos um esquema de tratamento prévio com quimioterapia. “Doentes com mutações tumorais positivas EGFR ou ALK devem também ter recebido a terapêutica aprovada para essas mutações antes do tratamento com pembrolizumab”, lê-se.