Para início do debate, a Dr.ª Cecília Moura lança a questão: “Há alguma idade em que se privilegie uma terapêutica face à outra e ainda como é que a terapêutica é escolhida se é em função do doente, do tumor ou das comorbilidades”. Em resposta, o Dr. Hugo Nunes é perentório, afirmando que a pergunta representa “aquilo que é a prática diária na consulta de Oncologia para fazer tratamento adjuvante a um melanoma”.
Quando se fala em tratamento médico adjuvante fala-se de uma terapêutica, cujo objetivo é diminuir a taxa de recaída à distância, evitando a progressão de doença e mortalidade”, que gera “impacto na sobrevivência global do doente com melanoma”, explica o Dr. Hugo Nunes.
Ainda em resposta à primeira pergunta da Dr.ª Cecília Moura, o oncologista sublinha que “uma coisa é olhar para o tumor, outra é olhar para o doente”, e frisa que quando “se recebe um doente é necessário olhar para os aspetos concretos da sua doença, mas depois é igualmente importante olhar para o doente”, nomeadamente para “a idade, as comorbilidades, doenças prévias”, e ainda outro fator muito relevante “as espectativas e os desejos do doente”. Ou seja, quando se fala de “tratamento adjuvante coloca-se sempre em cima da mesa outra opção que é não fazer tratamento”.
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